Rio Grande do Sul: As lições do maior desastre climático da História do Brasil
Uma análise das ações públicas e privadas poucos meses após as enchentes
23 de setembro de 2024Infraestrutura
Por Belén Palkovsky
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores catástrofes climáticas da história do país: uma enchente devastadora que atingiu 478 das 497 cidades do estado. As perdas humanas, infraestruturais e econômicas foram imensas e continuam sendo avaliadas, juntamente com os custos de reconstrução e recuperação do estado.
Apesar de as enchentes serem recorrentes na região nessa época do ano, a intensidade crescente dos eventos, agravada pelas mudanças climáticas aceleradas e pela falta de medidas de prevenção e resiliência nas construções, criou um cenário trágico que chamou a atenção do mundo para o Brasil, comparando as enchentes a outros desastres emblemáticos, como o furacão Katrina ocorrido em 2005 na cidade de Nova Orleans.
O que aconteceu, concretamente, foi uma corrente de vento que provocou uma tempestade na região sul do país, potencializada pelo corredor de umidade vindo da Amazônia e pelo fenômeno El Niño, originado no Pacífico. Essa situação foi agravada por uma onda de calor no centro-oeste, que impediu a dissipação da frente fria na região, resultando em um volume de chuva três vezes maior do que o esperado para o mês em algumas áreas, em um intervalo de poucos dias.
Em Porto Alegre, por exemplo, o nível do Lago Guaíba chegou a 5,33 metros, o mais alto já registrado, enquanto o nível considerado normal é de 1,3 metro, e a marca de 1,8 metro já é considerada “elevada”.
Nesse cenário, a conferência regional Infra Sul GRI 2024, realizada anualmente por membros do GRI Club Infra e convidados, reuniu líderes dos setores de infraestrutura e energia, além de autoridades públicas, para discutir os próximos passos para a região sul. As discussões foram amplamente focadas na dimensão da catástrofe e nas ações de reconstrução, destacando a necessidade urgente de se repensar a resiliência climática como um tema transversal para todas as regiões do Brasil.
Este relatório tem como objetivo aprofundar nos debates que abordaram especificamente a crise atual no Rio Grande do Sul.
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores catástrofes climáticas da história do país: uma enchente devastadora que atingiu 478 das 497 cidades do estado. As perdas humanas, infraestruturais e econômicas foram imensas e continuam sendo avaliadas, juntamente com os custos de reconstrução e recuperação do estado.
Apesar de as enchentes serem recorrentes na região nessa época do ano, a intensidade crescente dos eventos, agravada pelas mudanças climáticas aceleradas e pela falta de medidas de prevenção e resiliência nas construções, criou um cenário trágico que chamou a atenção do mundo para o Brasil, comparando as enchentes a outros desastres emblemáticos, como o furacão Katrina ocorrido em 2005 na cidade de Nova Orleans.
O que aconteceu, concretamente, foi uma corrente de vento que provocou uma tempestade na região sul do país, potencializada pelo corredor de umidade vindo da Amazônia e pelo fenômeno El Niño, originado no Pacífico. Essa situação foi agravada por uma onda de calor no centro-oeste, que impediu a dissipação da frente fria na região, resultando em um volume de chuva três vezes maior do que o esperado para o mês em algumas áreas, em um intervalo de poucos dias.
Em Porto Alegre, por exemplo, o nível do Lago Guaíba chegou a 5,33 metros, o mais alto já registrado, enquanto o nível considerado normal é de 1,3 metro, e a marca de 1,8 metro já é considerada “elevada”.
Nesse cenário, a conferência regional Infra Sul GRI 2024, realizada anualmente por membros do GRI Club Infra e convidados, reuniu líderes dos setores de infraestrutura e energia, além de autoridades públicas, para discutir os próximos passos para a região sul. As discussões foram amplamente focadas na dimensão da catástrofe e nas ações de reconstrução, destacando a necessidade urgente de se repensar a resiliência climática como um tema transversal para todas as regiões do Brasil.
Este relatório tem como objetivo aprofundar nos debates que abordaram especificamente a crise atual no Rio Grande do Sul.