B•Fabbriani vai investir R$1,5 bi na região Sul

B•Fabbriani segue estratégia de expansão em projetos residenciais na região, focada na criação de empregos e desenvolvimento loca

9 de maio de 2024Mercado Imobiliário
Por Júlia Ribeiro

Com ênfase na expansão regional e internacional, a incorporadora B•Fabbriani vai ampliar sua presença na região sul do país, agregando seis novas cidades ao seu portfólio: Joinville e Camboriú, em Santa Catarina, e Canoas, Pelotas, Santo Antônio da Patrulha e Tramandaí, no Rio Grande do Sul.

Entretanto, esse avanço não se dá em um momento fácil. As recentes catástrofes ambientais que atingiram o estado do Rio Grande do Sul no início de maio deixaram marcas profundas, especialmente nessas quatro cidades incluídas nos planos da B•Fabbriani. 

Apesar dos desafios, a empresa reafirma seu compromisso de investimento e recuperação das áreas afetadas com mais de R$1,5 bilhão previstos para a região.

"Estamos analisando como podemos contribuir da melhor forma possível e reiteramos nosso compromisso com o progresso da região. Os empreendimentos que estamos mantendo serão responsáveis por criar mais de 6 mil empregos diretos, proporcionando oportunidades de trabalho e renda essenciais para a reconstrução das cidades afetadas”, afirma Bruno Fabbriani, CEO da incorporadora, em entrevista ao GRI Club.

Crédito: Divulgação/BFabbriani

A B•Fabbriani comemora seu décimo aniversário em 2024, consolidando sua presença em 12 cidades nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Especializada no segmento de médio padrão, a empresa oferece imóveis com ticket médio entre R$500 mil e R$700 mil.

O executivo afirma ter encontrado em Santa Catarina o cenário ideal para os projetos, uma combinação única de proximidade com grandes centros industriais, agronegócio e turismo, além de uma demanda latente por habitações de qualidade e a oportunidade de oferecer opções de financiamento diferenciadas para essa faixa de renda.

"Tenho um carinho especial por esta região, onde já morei por anos. Estamos nos preparando para o lançamento de quase duas mil unidades. Neste momento, temos mais de 30 projetos em fase de aprovação, além de 15 já lançados, e temos mais 8 previstos para 2024. Nossa expectativa é ultrapassar a marca de R$1 bilhão em VGV”, reforça.

Para se destacar no mercado, a empresa adotou uma estratégia de financiamento para seus empreendimentos a partir do mercado de capitais. Nesse modelo, os clientes finais são cobrados apenas de 25% a 30% do valor do imóvel durante o processo de construção, proporcionando uma alternativa atrativa e acessível para os compradores.

O executivo destaca que o processo se tornou viável graças à criação do braço financeiro da empresa, uma alternativa estratégica para contornar a redução crescente dos recursos da poupança (SBPE) e a utilização do FGTS em outras finalidades, além de reduzir a dependência dos bancos tradicionais.

"Nós emitimos CRIs e já rodamos um CCB para realizar as captações necessárias. Essa não é a única estratégia, mas sim mais uma que integramos ao nosso ecossistema. Além disso, estamos estabelecendo o BF FDIC, um fundo de direitos creditórios, onde inserimos as carteiras de nossos empreendimentos e vendemos cotas para investidores, permitindo o financiamento da produção desses empreendimentos.", acrescenta o CEO.

Além das operações no Brasil, Fabbriani revela que a empresa está prestes a concluir seu primeiro empreendimento no exterior, localizado em Fitchburg, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. Esse projeto segue os mesmos moldes residenciais voltados para a primeira moradia, representando uma oportunidade estratégica de diversificação para a empresa.

"Estamos falando de uma cidade a 90 quilômetros de Boston, cuja atividade principal atualmente é o cultivo de cannabis, um mercado que tem experimentado um crescimento explosivo nos Estados Unidos nos últimos anos. Identificamos essa oportunidade de seguir com a mesma estratégia de atender à classe média que está migrando para áreas de expansão urbana."

Futuro digital

Para além do real estate físico, ele afirma que a empresa também está estruturando um marketplace digital que se baseia na tecnologia blockchain, a ser lançado ainda em maio.

A ideia é abrir a plataforma para outros incorporadores se conectarem e utilizarem os serviços para a venda de seus ativos imobiliários, financiamento da produção e apoio à execução de obras em todo mundo.