Do econômico ao alto padrão: os rumos do mercado residencial no Brasil

Para sustentar o crescimento, líderes fortalecem suas marcas e exploram novas fontes de financiamento

9 de agosto de 2024Mercado Imobiliário
Por Júlia Ribeiro

Apesar das incertezas econômicas que permeiam as decisões dos líderes do mercado imobiliário, o setor residencial no Brasil vive um ritmo de crescimento em 2024, impulsionado por atualizações no programa Minha Casa, Minha Vida, pela influência das novas gerações no desenvolvimento de produtos, pelo fortalecimento das marcas e pelo crescente papel do mercado de capitais no financiamento do setor.

Esses insights foram discutidos durante debates a portas fechadas entre investidores, gestores de fundos, incorporadores e outros tomadores de decisão da indústria, realizados no GRI Residencial Brasil 2024, em São Paulo.

(Foto: GRI Club)

Panorama

Dados da Brain Inteligência Estratégica revelam que, no primeiro trimestre de 2024, houve uma redução de 9,6% nos lançamentos em comparação ao mesmo período de 2023. No entanto, as vendas aumentaram, impulsionadas por ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida, que têm criado novas oportunidades para empresas no segmento econômico.

O mercado de alto padrão, por sua vez, enfrenta desafios relacionados à aprovação de projetos e à disponibilidade de terrenos. Mesmo assim, continua a adotar novas tendências para oferecer produtos cada vez mais exclusivos, alinhados com valores de sustentabilidade.

Investimentos e Financiamento

A viabilização de novos projetos enfrenta a escalada de preços, exigindo parcerias estratégicas que vão além das soluções tradicionais de financiamento. O mercado de capitais tem se tornado cada vez mais relevante, oferecendo alternativas viáveis para incorporadores e investidores em um cenário de escoamento da poupança - tradicionalmente uma das principais fontes de financiamento imobiliário - que não deve ser suficiente para suprir a demanda futura.