Elevação na curva de juros é maior desafio para os escritórios em 2023
Indicadores continuam melhorando, mas ainda não permitem subida real dos preços na maioria das regiões
22 de fevereiro de 2023Mercado Imobiliário
O mercado de prédios corporativos superou a discussão sobre a dinâmica do trabalho dos colaboradores: volta total aos escritórios, 100% home office ou modelo híbrido? Segundo executivos que participaram de um club meeting realizado no início do mês, em São Paulo, a última opção prevaleceu e deve continuar em vigor na maioria das empresas, variando conforme as políticas mais ou menos restritivas de cada companhia.
O CEO e managing partner do GRI Club, Gustavo Favaron, avalia que o cenário é similar ao que tem sido observado nos mercados da Europa e dos Estados Unidos. "No GRI Global Retreat, realizado há três semanas, em St. Moritz (Suíça), 83% dos executivos presentes disseram que não há mais o que discutir em relação ao sistema híbrido, ou seja, o Brasil está alinhado ao que está acontecendo no resto do mundo", afirma Favaron.
Por aqui, o maior desafio apontado pelos executivos do setor é a subida da curva de juros após as eleições presidenciais, que já foi responsável por travar negociações em curso - algumas em fase de fechamento. A tendência é que este entrave permaneça pelo menos até que haja maior clareza em relação à política fiscal do atual governo.
Dentre outros destaques, está a constatação de que o capital local se tornou mais importante para financiar os projetos e as negociações de escritórios do que os recursos estrangeiros, vide o papel dos fundos de investimento imobiliário, que no momento têm dificuldades para captar, novamente devido às altas taxas de juros, que tornam a renda fixa mais atrativa.
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O CEO e managing partner do GRI Club, Gustavo Favaron, avalia que o cenário é similar ao que tem sido observado nos mercados da Europa e dos Estados Unidos. "No GRI Global Retreat, realizado há três semanas, em St. Moritz (Suíça), 83% dos executivos presentes disseram que não há mais o que discutir em relação ao sistema híbrido, ou seja, o Brasil está alinhado ao que está acontecendo no resto do mundo", afirma Favaron.
Por aqui, o maior desafio apontado pelos executivos do setor é a subida da curva de juros após as eleições presidenciais, que já foi responsável por travar negociações em curso - algumas em fase de fechamento. A tendência é que este entrave permaneça pelo menos até que haja maior clareza em relação à política fiscal do atual governo.
Dentre outros destaques, está a constatação de que o capital local se tornou mais importante para financiar os projetos e as negociações de escritórios do que os recursos estrangeiros, vide o papel dos fundos de investimento imobiliário, que no momento têm dificuldades para captar, novamente devido às altas taxas de juros, que tornam a renda fixa mais atrativa.
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