Exclusivo: Engeform vai lançar fundo de desenvolvimento em boutique offices

Por Henrique Cisman

A Engeform Gestora de Recursos está prestes a lançar um fundo imobiliário de desenvolvimento focado na construção de boutique offices em regiões nobres de São Paulo. A construção dos ativos será realizada pela Noah, startup que utiliza madeira engenheirada nos empreendimentos. 

A informação foi obtida em primeira-mão pelo GRI Club. Segundo Luciana Improta, diretora de gestão da Engeform, os três projetos devem demandar cerca de R$ 200 milhões em investimentos. O fundo terá prazo determinado para liquidação e será exclusivo para investidores profissionais, devido ao perfil de desenvolvimento.

No futuro, o objetivo da Engeform é criar um fundo imobiliário de renda que possa absorver os três boutique offices no momento da liquidação do fundo de desenvolvimento. Outra possibilidade é vender os ativos para property companies ou fundos de investimento imobiliário de outras gestoras. 

"Esse fundo tem um diferencial bastante interessante, que é o timing do desenvolvimento, fruto da parceria com a Noah. A construção em madeira engenheirada traz um tempo reduzido de obra, e isso consequentemente gera maior rentabilidade para o investidor", afirma Luciana. 

Ela também destaca que após a pandemia as empresas mudaram o perfil de demanda para escritórios, buscando espaços menores, mas com qualidade tanto do ponto de vista estrutural como para os colaboradores. "Essa é tese na qual acreditamos". 

Dois dentre os três prédios do fundo serão construídos no modelo built to suit, o que significa que serão ocupados imediatamente após a entrega. 

"Recebemos um pipeline interessante de projetos boutique office e decidimos nos juntar à Noah, que é especialista em desenvolvimento de projetos CLT (cross laminated timber). A Noah pensa no ativo imobiliário de maneira diferenciada para atender o ocupante, e com uma grande aderência ao ESG, que é muito forte no DNA da Engeform". 

O braço de gestão de recursos da Engeform foi recém-aprovado por CVM e Anbima, em agosto deste ano, em apenas três meses desde a abertura do protocolo. Dentre as principais estratégias da casa estão investimentos em lajes corporativas e infraestrutura, considerando a ampla expertise do grupo em ambos os setores. 

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