Private equity cresce no país, e real estate ganha literatura especializada
Ecossistema de investimentos está mais maduro, apontam autores do livro “Real Estate Private Equity no Brasil”
18 de agosto de 2022Mercado Imobiliário
No ano passado, os investimentos de fundos de private equity que atuam no Brasil caíram 19% em relação a 2020, somando R$ 7,3 bilhões, segundo a ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital). Se você acredita que o mesmo está acontecendo este ano, em razão da menor liquidez na economia mundial, engana-se.
No primeiro trimestre, houve alta de 173% sobre igual período em 2021; já de abril a junho, os aportes de private equity cresceram expressivos 2.725% na comparação anual, totalizando R$ 11,3 bilhões - mais do que o total alocado no ano passado inteiro.
Atentos a este movimento, os especialistas Bruno Costa e Maria Flavia Seabra, sócios do Machado Meyer Advogados, e Carlos Barcellos, managing director da Imeri Capital, publicaram o livro “Real Estate Private Equity no Brasil”, focado nas particularidades do investimento imobiliário.
“O que nos motivou [a produzir a obra] foi a constatação de que não havia literatura nacional sobre o tema. Existem livros internacionais, mas em contextos diferentes do Brasil, então a ideia partiu dessa oportunidade no mercado literário”, afirma Barcellos. “É uma obra bastante objetiva e de fácil leitura”, completa Seabra.
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Segundo os autores, o livro é indicado para que se possa enxergar o investimento private equity sob todos os aspectos, em todas as suas fases, tal como na posição de um investidor profissional. “O leitor conseguirá ver a big picture de como é o dia a dia no private equity imobiliário”, diz o MD da Imeri Capital.
Do ponto de vista jurídico, afirma Seabra, é possível visualizar todas as questões relevantes relacionadas ao investimento imobiliário. A obra está dividida em cinco capítulos, que vão da explicação sobre as classes de ativos imobiliários até a saída do investimento, quando ocorre a captação de valor (lucro).
Segundo Costa, embora seja preponderantemente atemporal, existem mudanças - principalmente atualizações legislativas - que requerem um acompanhamento constante. “O que é permitido hoje, pode não ser amanhã, e vice-versa. Fatalmente, teremos que atualizar a obra de tempos em tempos”, revela.
Seja para entender as análises, metodologias e estruturas financeiras, seja para conhecer o arcabouço jurídico do investimento imobiliário, a obra tem como intuito educar os investidores para que os fundos - hoje muito dependentes do capital estrangeiro - possam acessar, também, os recursos locais.
“O brasileiro gosta de imóvel, e isso é uma vantagem, mas o investimento private equity é mais sofisticado, tem mais riscos e um retorno em um prazo mais longo, o que conflita com a visão curto prazista, que privilegia, por exemplo, uma renda mensal de aluguel”, explicam os autores.
“O desenvolvimento do mercado passa por ampliar a base de investidores e sofisticá-la. Hoje, ela é predominantemente institucional; se por um lado os institucionais ancoram o private equity, por outro limitam o tamanho da indústria; o investidor pessoa física ainda não entende ou não está disposto a alocar parte do seu capital nesse tipo de investimento”, encerra Barcellos.
A obra “Real Estate Private Equity no Brasil” está disponível nas principais livrarias e lojas de varejo do país.
Por Henrique Cisman
No primeiro trimestre, houve alta de 173% sobre igual período em 2021; já de abril a junho, os aportes de private equity cresceram expressivos 2.725% na comparação anual, totalizando R$ 11,3 bilhões - mais do que o total alocado no ano passado inteiro.
Atentos a este movimento, os especialistas Bruno Costa e Maria Flavia Seabra, sócios do Machado Meyer Advogados, e Carlos Barcellos, managing director da Imeri Capital, publicaram o livro “Real Estate Private Equity no Brasil”, focado nas particularidades do investimento imobiliário.
“O que nos motivou [a produzir a obra] foi a constatação de que não havia literatura nacional sobre o tema. Existem livros internacionais, mas em contextos diferentes do Brasil, então a ideia partiu dessa oportunidade no mercado literário”, afirma Barcellos. “É uma obra bastante objetiva e de fácil leitura”, completa Seabra.
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Segundo os autores, o livro é indicado para que se possa enxergar o investimento private equity sob todos os aspectos, em todas as suas fases, tal como na posição de um investidor profissional. “O leitor conseguirá ver a big picture de como é o dia a dia no private equity imobiliário”, diz o MD da Imeri Capital.
Do ponto de vista jurídico, afirma Seabra, é possível visualizar todas as questões relevantes relacionadas ao investimento imobiliário. A obra está dividida em cinco capítulos, que vão da explicação sobre as classes de ativos imobiliários até a saída do investimento, quando ocorre a captação de valor (lucro).
Segundo Costa, embora seja preponderantemente atemporal, existem mudanças - principalmente atualizações legislativas - que requerem um acompanhamento constante. “O que é permitido hoje, pode não ser amanhã, e vice-versa. Fatalmente, teremos que atualizar a obra de tempos em tempos”, revela.
Contexto é favorável
Para Barcellos, trata-se de um bom momento para o private equity no Brasil: “Há dez anos, havia poucos fundos e podia-se contar nos dedos a quantidade de investidores, e agora há uma diversidade de fundos e operadores setoriais. O private equity está se sofisticando no mercado brasileiro”.Seja para entender as análises, metodologias e estruturas financeiras, seja para conhecer o arcabouço jurídico do investimento imobiliário, a obra tem como intuito educar os investidores para que os fundos - hoje muito dependentes do capital estrangeiro - possam acessar, também, os recursos locais.
“O brasileiro gosta de imóvel, e isso é uma vantagem, mas o investimento private equity é mais sofisticado, tem mais riscos e um retorno em um prazo mais longo, o que conflita com a visão curto prazista, que privilegia, por exemplo, uma renda mensal de aluguel”, explicam os autores.
“O desenvolvimento do mercado passa por ampliar a base de investidores e sofisticá-la. Hoje, ela é predominantemente institucional; se por um lado os institucionais ancoram o private equity, por outro limitam o tamanho da indústria; o investidor pessoa física ainda não entende ou não está disposto a alocar parte do seu capital nesse tipo de investimento”, encerra Barcellos.
A obra “Real Estate Private Equity no Brasil” está disponível nas principais livrarias e lojas de varejo do país.
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Por Henrique Cisman